sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Texto emviado mim pelo meu grande amigo Pr. José Brás, homem digno e temente a Deus.


Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo.

Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.

Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas. Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça. Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.

Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro. Só então se dirigiu ao público perguntando:

O que é que os senhores estão vendo?

E a assembléia respondeu, em vozes discordantes:

Um bicho!

Um lagarto horrível!

Uma larva!

Um pequeno monstro!

Esgotados breves momentos de expectativa, a expositora considerou:

Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início. Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa...

E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo:

Nada mais tenho a dizer...

Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.

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"A crítica é algo que você evita com facilidade; é só não falar nada, não fazer nada e não ser nada."
Aristóteles

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um presente de Bebado....

Você bebe?

Então vc precisa ver.

Se você não bebe, vc deve ver mais ainda para se prevenir contra ao que bebe!!!




Se você não bebe, vc deve ver mais ainda para se prevenir contra ao que bebe!!!




sábado, 6 de novembro de 2010

Maravilhosa Graça



O que se pode falar depois disso?

Amem.....

Outra versão: http://www.youtube.com/watch?v=1zTTBrXJmqc&feature=fvw



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

“Tudo tem seu tempo determinado e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” Ecl. 3.1


Bom hoje eu não vou pregar, nem se quisesse eu conseguiria hoje é o meu ultimo culto de domingo como pastor titular desta congregação, por isso em vez de pregar eu gostaria de dizer algumas coisas e como sei que provavelmente eu vou me esquecer de algumas coisas eu resolvi escrever minha homilia. Começo dizendo obrigado.

Obrigado por me permitir fazer parte do rebanho, tem sido e foi um aprendizado passar este ultimo ano e meio a frente desta Igreja, sei que errei disto eu não tenho duvida, mas eu quero dizer ao meus irmão que mesmo quando errei minha intenção era acertar, parafraseio as palavras de Zaqueu....

“Se defraudei alguém em amor, rogo pela misericórdia divina que sempre me acompanhou que retribua em amor a estas pessoas”

Gostaria de fazer menção de alguns momentos inesquecíveis que aqui passei.

Foi inesquecível o dia de minha posse, pois naquele momento eu vi que o meu desafio era maior do que eu imaginava, confesso que sentir medo e clamei a Deus que não me permitisse retroceder, ele esteve comigo e me deu a segurança necessária para continuar.

Foi inesquecível meu primeiro culto de domingo logo após a posse, sentir-me sozinho até o momento em que subi no púlpito e ali eu vi que jamais estaria sozinho, pois o Senhor sempre esteve estará comigo por mais medo que eu tivesse o seu Espírito sempre estar ao meu lado.

Foi inesquecível o vazio que sentir quando muitos lideres me entregaram suas funções, alguns por medo, outros por cansaço e outros por pura covardia. Como foi difícil, neste momento me sentir só e abandonado, e mais uma vez Deus me consolou.

Foi inesquecível as primeiras reuniões que tive com os lideres locais que restaram, neste momento eu descobrir que tinha mais gente querendo fazer desta Igreja o que hoje ela vem se tornando, como foi bom saber que de fato eu nunca estive só e nem tão pouco abandonado.

Foi inesquecível minha primeira reunião para tratarmos sobre a construção, naquele dia pensei que havia perdido algo ou alguem, mas Deus logo tratou de mim e de outros e me revelou que ali Ele estava construindo uma amizade que eu peço a Deus dure até o dia em que ele me buscar ou buscar a sua Igreja. Como foi bom saber que tem pessoas que fizeram e farão qualquer sacrifício para ver esta Igreja andar para frente, não se importando de abrir mão de seus sonhos e desejos, por amor a esta obra.

Foi inesquecível ver Deus tratar de pessoas, atuando aonde eu nada podia fazer, o terreno inexploravel do coração humano.

Foi inesquecível nossa primeira santa ceia, foi difícil estabelecer uma nova ordem de total rejeição as conversações vans e maledicentes(fofoca), restabelecendo os princípios e valores básicos para a boas relações humanas, de respeito a intimidade individual.

Foi inesquecível saber que em meio a tantos membros, há tão poucos dizimistas fies, confesso que neste momento eu compreendi o porquê de tanto tempo da obra parada. Fiquei temeroso se conseguiríamos avançar na construção. Mas com alguns poucos fieis vimos a gloria de Deus e hoje podemos celebrar neste grande e confortável templo.

Foi difícil ter que acabar com eventos ao compreender que as motivações destes eram simplesmente o fato de serem parte de um calendário.

Foi inesquecível nosso retiro de casais, como foi bom ver, falar e conhecer melhor os casais que ali compartilhavam conosco aqueles momentos. Foram dias surpreendentemente leves e agradáveis. Espero ter a oportunidade de participar de outros.

Foi difícil entender e discernir que muitas vezes as atitudes de algum amados irmão e obreiros, que já não estão em nosso meio, que se julgam donos da Igreja e de seus membros, mas Deus que vela e guarda seu povo no momento certo quebra a “cerviz” do soberbo e o coloca em seu lugar, foi bom ver o cuidado de Dele com sua noiva.

Foi inesquecível ver o mistério de louvor renascer e florescer e hoje começar dar seus primeiros frutos.

Foi inesquecível ver membros e lideres voltando a congregação para continuarem a obra que Deus os entregou. Nossa igreja hoje esta muito bem servida de talentos e nosso maior desafio é fazer com que estes talentos se tornem em ações e atitudes em prol do Reino dos Céus

Foi inesquecível ver a igreja pronta, ver o resultado dos sonhos e desejos de centenas de pessoas se realizar, como foi bom fazer parte disto, estar aqui não como líder mais como participantes desta celebração. Como foi importante o apoio do ministério na pessoa do Pastor Walter, para alçarmos esta vitoria em tão breve tempo.


Tem sido gratificante ver como o Ministério Manancial estar tornado-se uma só Igreja, um só povo, um só corpo.

Como foi emocionante fazer o primeiro batismo, minhas pernas tremiam e minha alma em temor e tremor diante de Deus o todo poderoso jubilava com meus irmão a alegria de ser mais um nessa multidão de adoradores. Conseguimos.

Como foi difícil ver a Igreja tão abençoada e tão cheia de necessidades e sonhos, e ver que meu tempo aqui havia chegado ao fim, como pastor, como homem e servo tenho que aceitar a palavra do apostolo Paulo quando no capitulo 03 de 1-Corinto fala respeito que alguns plantam, outros regam e outros colhem. Sinceramente eu não sei dizer ao certo qual foi à parte que me coube, mas uma coisa eu sei eu trabalhei nisto, e vou levar para resto de minha historia um pedaço dessa historia.

Não tem sido difícil me despedir da Igreja, até mesmo porque eu estarei ali na sede, e sempre que a saudade apertar eu estarei aqui para celebrar com os amigos-irmãos que aqui deixarei. Deus abençoe a cada um de maneira especial. Obrigado por tudo.

domingo, 31 de outubro de 2010

Nelson Mandela - Invictus

Invictus, poema que inspirou Nelson Mandela
Invictus é um pequeno poema do poeta Inglês William Ernest Henley (1849-1903). Ele foi escrito em 1875 e publicado pela primeira vez em 1888.
Nelson Mandela, citou-o como fonte de inspiração durante seu tempo na prisão. Abaixo, em tradução livre deste blog:



De dentro da noite que me cobre,
Negra como a cova, de ponta a ponta,
Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,
Pela minha alma inconquistável.


Na cruel garra da situação,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.


Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta-se apenas o Horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.


Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.
Se eu fosse mais velho!
Ricardo Gondim Rodrigues

Não estou com pressa de envelhecer. Meu pai padece há anos de uma doença que lhe deixou senil e caquético. A velhice me intimida. Sei que na terceira idade não só perderei a impetuosidade típica dos jovens, como me tornarei mais vulnerável às doenças degenerativas. Mesmo assim espero pelos meus dias de ancião, porque só os velhos podem dizer coisas proibidas aos jovens. Estou ansioso para que chegue o tempo de poder dizê-las.

Se eu fosse mais velho.

Eu diria aos mais jovens que desistam do sonho de galgarem a fama em nome de Deus. Contaria que já presenciei o desespero de alguns, almejando se destacarem como referenciais de sua geração para depois descerem do trem fatigados e destruídos pelo ônus da fama. Descreveria os bastidores da algumas “grandes” agências evangelísticas e de outras para-eclesiásticas e como me enojei com a petulância de alguns evangelistas famosos. Falaria de minhas lágrimas, quando um deles afirmou que passaria por cima de qualquer pessoa desde que conseguisse estabelecer o que chamou de “reino de Deus”. Incentivaria os jovens a buscarem uma vida discreta sem o glamour do mundo, que preferissem a senda do Calvário. Pediria que optassem por beber o cálice do Senhor a desejarem os loiros da glória humana.

Se eu fosse mais velho.

Eu diria aos mais jovens que ambicionam subir os degraus denominacionais, que eles perigam chegar no topo sem alma. Narraria os conchavos da política eclesiástica como ridículos e fúteis. Candidamente, contaria casos de traição, logro e delação nas reuniões secretas de algumas cúpulas religiosas. Pediria para fugirem da ganância pela autoridade institucional. Ensinaria a desejarem autoridade espiritual, que não vem de negociatas, mas de uma vida piedosa e íntima com Deus.

Se eu fosse mais velho.

Diria aos mais jovens que não se iludissem com o academicismo. Eu lhes revelaria como alguns acadêmicos usam da sua erudição para se esconderem de Deus. Não teria medo de mostrar que muita bibliografia citada em rodapés, vem da uma vaidade boba. Algumas pessoas buscam se mostrar mais cultas do que na verdade são. Diria que certos eruditos são pessoas insuportáveis no contacto pessoal e que eles também padecem dos mesmos males que todos nós: intolerância, indiferença e muita, muita soberba. Contudo, eu lhes pediria para serem amigos dos livros. Pediria que lessem muito e diversificadamente; que usassem o conselho de Tiago na busca da sabedoria: “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. A Sabedoria, porém, lá do alto, é primeiramente pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento”. (Tg 3.13,17).

Se eu fosse mais velho.

Eu diria aos mais jovens que tomassem muito cuidado para não gastarem todas as suas energias nos primeiros anos de ministério. Exortaria, ilustrando o serviço a Deus como uma maratona e que não adianta se apressar nos primeiros anos. Relataria os exemplos de tantos que se arrebentaram antes da linha de chegada. Quantos pastores destruíram suas famílias e filhos no afã de serem úteis e produtivos! Quando chegaram os anos da meia idade, já se encontravam estressados e cansados! Falaria daquele dia em que o meu semblante descaiu ao ouvir um pastor dizer que só não saía do ministério porque, já muito velho, não sabia como retornar ao mercado de trabalho. Pediria que não perdessem a oportunidade de passear com os filhos no parque, de lerem livros que não fossem úteis ao ministério, de curtirem a sua mulher e de praticarem algum esporte. Eu lhes pregaria um sermão baseado em Mateus 16.26 e explicaria que, para Jesus, perder a alma tem um sentido mais amplo do que simplesmente morrer e ir para o inferno. Basearia minha mensagem na afirmação de que é possível, pastor ou evangelista, ganhar o mundo inteiro e acabar perdendo os afetos do cônjuge, os sentimentos dos filhos e dos amigos, a auto-estima, o sorriso, a capacidade de amar poesia e de cantar canções de ninar. Enfim, perder a alma!

Se eu fosse mais velho.

Eu diria aos mais jovens que não desejassem o espalhafato espiritual e as demonstrações exuberantes do poder carismático. Revelaria que alguns desses evangelistas americanos, que muitos acreditam super ungidos, passam a tarde na piscina do hotel em que se hospedam, antes de encenarem a sua super espiritualidade em mega eventos. Não temeria denunciar alguns que se trancam nos seus aposentos, assistindo filmes na televisão e logo depois subirem às plataformas com o ar de santos da última hora. Não hesitaria alardear, que muito daquilo que se rotula como demonstração de poder espiritual, nasce de uma mentalidade que busca levar as pessoas a uma falsa euforia religiosa.

Se eu fosse mais velho.

Eu diria aos mais jovens que a sexualidade é terreno minado e cheio de armadilhas. Contaria tantos exemplos de ministérios que ruíram pela sensualidade. Alertaria que o grande perigo do sexo não vem da beleza, mas da solidão e do poder. Tantos pastores naufragaram em adultério porque se sentiram sós. Não possuíam amigos verdadeiros. Viviam rodeados de assessores, sem um amigo com quem pudessem abrir o coração e pedir ajuda. Incentivaria a desenvolverem amizades, preferivelmente fora de seus quintais denominacionais. Suplicaria que fizessem amigos com coragem de falar coisas duras, olhando nos olhos. Lembraria que são fiéis as feridas feitas por aquele que ama.

Se eu fosse mais velho.

Eu diria aos mais jovens que tomassem cuidado com os modismos teológicos, ventos de doutrina e novidades eclesiásticas. Falaria das inúmeras ondas que varreram as igrejas com pretensas visitações de Deus. Vermelho de vergonha, lembraria aquele culto em que se alardeou que Deus estava trocando as obturações por ouro. As pessoas se sujeitando ao ridículo de investigarem a boca uns dos outros e depois, ao confundirem as restaurações amareladas de material de baixa qualidade, com ouro, saírem proclamando um milagre de Deus. Relataria a pobreza doutrinária daqueles que jogaram os evangélicos na paranóia da guerra espiritual. Ensinaram as mulheres a vigiarem mais durante a menstruação, porque há demônios que se alimentam daquele tipo de sangue. Imploraria que se mantivessem fiéis ao leito principal do Evangelho, à Doutrina dos Apóstolos; que não deixassem de anunciar o significado do Calvário.

Se eu fosse mais velho.

Eu diria aos jovens para não procurarem imitar ninguém. Lamentaria a tentativa patética de alguns líderes de quererem ser clones de pastores e evangelistas de renome. Mostraria vários exemplos ridículos de igrejas que tentaram reproduzir no sofrido Brasil, o modelo de igrejas abastadas dos subúrbios americanos. Admoestaria que soubessem aceitar-se. Pediria para não ficarem procurando repetir gestos, neologismos, tom de voz e maneirismos dos outros, pois acabarão sem identidade. Eu mostraria na Bíblia que Deus não nos cobrará por não ensinarmos com a destreza de Paulo, nos portarmos com a ousadia de Pedro, ou escrevermos com o mesmo amor de João. Deus nos pedirá contas apenas por não termos vivido nossa própria identidade.

Se eu fosse mais velho.

Diria aos jovens que a obra que Deus tem para fazer em nós é muito maior que aquela que ele tem para fazer através de nós. Diria que somos preciosos como filhos e não como servos. Melancolicamente falaria que na velhice, muitos sentem saudade dos tempos que poderiam ter sido íntimos de Deus, mas acabaram chafurdados nos pântanos de sua própria vaidade. Diria que na velhice muitos choram por saberem que o tempo da partida está próximo e não escolheram a melhor parte, como fez Maria.

Eu deveria esperar para dizer essas coisas quando estivesse mais velho. Por impetuosidade acabei dizendo antes do tempo. Contudo, acredito que não me arrependerei de tê-las dito agora.

Soli Deo Gloria.